9 de janeiro de 2017

PONTO DE SITUAÇÃO

O meu primo está recentemente desempregado, mas aproveitou esse tempo para terminar a tese de mestrado e vai fazendo uns trabalhitos como freelancer.

Eu estou a fazer o mestrado, pago pelos papás, duas noites por semana, e durante o resto do tempo trato de tarefas domésticas, ponho algumas séries em dia, como e procuro motivação para começar os trabalhos que têm de ser entregues até ao final deste mês.

Tornou-se um hábito meu dizer piadas sobre a condição do meu primo, dizer-lhe que vai passar a vida a comer arroz com atum porque é uma pessoa desempregada, que devia tirar o passe dos transportes públicos porque vai precisar de vender os carros, que no Natal lhe íamos oferecer um cabaz de comida, etc, etc, etc. Mas isto são só piadas sem malícia e ele mesmo percebe a minha intenção.

Depois das minhas piadas, o que ele me diz é "a desempregada aqui és tu, não sou eu".

Na, na, na! Eu não sou desempregada porque nunca me empreguei nem procurei empregar-me (não é totalmente verdade, esta última parte, mas passemos à frente). Mas quando não se é desempregado nem se tem um emprego o que é que se é? Uma dona de casa? "Doméstica"? O que me vale, é que no preenchimento de formulários ainda é válido que preencha com "Estudante".



E agora um recadito para todas as raparigas que, como eu, diziam "quando for grande quero casar com um homem rico para não ter de trabalhar". Meninas, se não tiverem uma empregada doméstica a tempo inteiro, esta perspetiva não é tão amistosa como parece!

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